Em cada 5 novos automóveis ligeiros de passageiros vendidos em Portugal em setembro, 1 foi um veículo 100% elétrico

No passado mês de setembro as vendas de veículos elétricos novos (BEV + PHEV) em Portugal, continuaram a crescer de uma forma sustentada, tendo sido vendidos quase 50.000 unidades no total dos primeiros nove meses ano em curso. Este ano serão batidos todos os recordes de vendas de veículos elétricos em Portugal.


Ao analisarmos os veículos 100% elétricos (BEV), os mais eficientes de todos os veículos elétricos, já se venderam em Portugal 29.501 unidades em apenas nove meses do ano em curso, ultrapassando já claramente os 21.744 veículos elétricos puros vendidos na totalidade do ano de 2022. Venderam-se quase o dobro dos BEV vendidos na totalidade de 2021 e mais do triplo dos BEV vendidos em todo o ano de 2020.

As vendas de veículos elétricos puros continuam a ser mais significativas do que as vendas de veículos híbridos plug-in, pois são muito mais eficientes, já têm uma oferta muito variada, com autonomias reais suficientes para uma utilização diária sem qualquer tipo de ansiedade e também pelo crescimento da Rede Pública de Carregamento, com mais postos de carregamento, com maior potência e mais bem distribuídos pela totalidade do território nacional.


Quota de Mercado de veículos elétricos, ligeiros de passageiros

A quota de mercado mensal dos veículos elétricos (BEV + PHEV) atingiu de novo um número muito significativo, 37,4%, tendo a quota de mercado anual se aproximado dos 30%, concretamente os 29,4%.

Quanto aos veículos 100% elétricos, os elétricos puros, exclusivamente a bateria, a quota de mercado mensal cifrou-se nos 20%, portanto, 1 em cada 5 novos veículos ligeiros de passageiros vendidos em Portugal, no mês de setembro, foi 1 veículo elétrico puro. A quota anual consolida-se acima dos 16%. O crescimento consolidado das quotas de mercado dos novos veículos 100% elétricos é um claro indicativo do crescimento da mobilidade elétrica exclusivamente a bateria em Portugal. O crescimento homólogo das vendas dos ligeiros de passageiros 100% elétricos, nos primeiros nove meses do ano, foi de 108%.

À entrada do último trimestre do ano em curso, regista-se uma consolidação das quotas de mercado da totalidade dos veículos elétricos em valores muito significativos, 37,4% para a quota mensal e 29,4% para a quota anual, percentagens cada vez mais robustas, mas ainda muito longe do que é necessário para aumentarmos significativamente a quota de mercado de veículos elétricos na totalidade do parque automóvel circulante em Portugal que é atualmente de 3%.


Quota de mercado de veículos ligeiros de passageiros, por tipo de energia

Os veículos elétricos puros (BEV), com 20% de quota de mercado em setembro, foram a segunda tipologia mais vendida logo a seguir aos veículos movidos a motores de gasolina que com 27,9% de quota continuam numa rota descendente. Os veículos movidos a motores a gasóleo com 12,3% de quota já foram ultrapassados quer pelos veículos híbridos plug-in (PHEV) com 17,4% de quota, quer também pelos veículos híbridos convencionais (HEV) que atingiram uma quota de 13,5%. As tipologias de veículos elétricos e eletrificados já representam mais de metade do mercado de ligeiros de passageiros com uma quota de 50,9%.


Veículos novos e importados usados matriculados em Portugal

Se aos veículos novos adicionarmos os veículos importados usados, nos primeiros nove meses do ano foram matriculados em Portugal 34.825 unidades de elétricos puros (BEV) e 22.435 unidades de veículos híbridos plug-in (PHEV), perfazendo um total de mais 57.260 veículos elétricos (VE) matriculados em Portugal, faltando ainda um trimestre para terminar o ano de 2023.


Marcas de Veículos Elétricos mais vendidas em Portugal

A Tesla continua a ser a marca mais vendida nos elétricos puros (BEV) tendo vendido em setembro 354 unidades, seguida da Mercedes-Benz (317), da BMW (304), da Peugeot (226) e da Volkswagen (172). No total das vendas de BEV e PHEV, o primeiro lugar do pódio vai para a Mercedes-Benz com 990 viaturas vendidas, seguida da BMW (779), da Volvo (389), da Peugeot (378) e da Tesla (354), que recordamos só comercializa veículos 100% elétricos.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, a Tesla (6.125) mantém o 1.º lugar do pódio com bastante diferença para as restantes marcas que foram, a BMW (2.163), a Peugeot (2.049), a Volkswagen (1.900) e a Mercedes-Benz (1.714) unidades vendidas. E na totalidade das vendas dos BEV e dos PHEV a Tesla mantém o 1.º lugar com 6.125 veículos vendidos, seguida da BMW (6.109), da Mercedes-Benz (5.662), da Peugeot (3.632) e da Volvo (3.236), posição muito significativa para uma marca que só vende viaturas movidas exclusivamente a eletricidade.


Ao finalizarmos os três primeiros trimestres de 2023, verificamos o crescimento consolidado das quotas de mercado dos veículos elétricos, e devemos realçar que de entre estes, os veículos 100% elétricos, muito mais eficientes do que qualquer motorização híbrida, ocupam um lugar de destaque, clara indicação que a procura pelos modelos 100% elétricos cresce a um ritmo superior a qualquer outra motorização híbrida – mesmo os veículos híbridos plug-in que já foram a porta de entrada para muitos dos atuais proprietários de veículos 100% elétricos -, e que neste momento com a oferta existente, com mais variedade de modelos, com maior autonomia real e a preços cada vez mais acessíveis, além de uma Rede Pública de Carregamento que cresce e se expande por todo o territórios nacional.
Faltam mais postos com maior potência e estações com múltiplos carregadores, é certo, mas a atual Rede permite viagens por todo o país sem necessidade de grandes planificações.

Face ao que assistimos diariamente nos meios de comunicação social, dos efeitos cada vez mais devastadores das alterações climáticas nas mais variadas regiões do globo, a que não podemos ficar indiferentes, e da necessidade de uma redução urgente e acelerada do consumo dos combustíveis fósseis, cada um pode, e deve, contribuir para essa redução.
Aqui na UVE, o que nos move é a eletrificação dos transportes, especialmente os rodoviários, a transição energética e a descarbonização da economia.

Todos não somos demais para a tarefa ciclópica que está perante os nossos olhos.
As gerações futuras agradecerão.

Não existe Planeta B!